SEGURANÇA INTERNACIONAL COMO UM BEM PÚBLICO GLOBAL: ATUAÇÃO DA BLACKWATER NA INVASÃO DO IRAQUE

Autores

  • André Felipe de Lima Moura Centro Universitário Estácio do Recife
  • Deywisson Ronaldo Oliveira de Souza Centro Universitário Estácio do Recife

Resumo

Esse artigo apresenta a segurança internacional como um bem público global e traz  uma análise descritiva desses conceitos. Para tal é apresentado o papel do Estado como ator central internacional, sob a perspectiva teórica realista e a ampliação de sua interação na comunidade internacional sob o princípio racionalista. A falha na provisão da segurança internacional é exemplificada com o engajamento da organização de segurança militar privada Blackwater na invasão do Iraque pelos Estados Unidos da América em 2003, evidenciando como a violenta distorção da segurança pública causada naquele país revela a fragilidade e inobservância do acordo internacional de manutenção da paz firmado na Carta da Nações Unidas  em torno da segurança internacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André Felipe de Lima Moura, Centro Universitário Estácio do Recife

Bacharel em Relações Internacionais pelo Centro Universitário Estácio do Recife

Deywisson Ronaldo Oliveira de Souza, Centro Universitário Estácio do Recife

Doutorando, Mestre e Bacharel em Ciência Política/Relações Internacionais pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE Coordenador e Professor do Curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Estácio do Recife-Estácio Recife. Pesquisador integrante do Projeto Pró-Defesa (CAPES/Ministério da Defesa) "Ciência, Tecnologia e Inovação em Defesa: Cibernética e Defesa Nacional". Pesquisador do Núcleo de Estudos Americanos-NEA/UFPE e dos grupos de pesquisa do CNPq "O Brasil e as Américas" e "Estudos de Defesa e Análises Internacionais" (GEDAI). Membro da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) e da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED). Teve pesquisa de mestrado cintegrada ao Programa Pró-Estratégia de incentivo a estudos em assustos estratégicos e de interesse nacional (Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)/Presidência da República/CAPES). Foi professor substituto do Departamento de Ciência Política da UFPE (2016-2018). Participou de diversos Projetos de Pesquisa de editais CAPES e CNPq. Possui experiência docente e de pesquisa em Ciência Política, Teoria Política, Relações Internacionais, Defesa e Segurança Internacional, Metodologia Científica, Política Comparada e Sociologia. Tem trabalhos publicados nas áreas de política externa, estudos de defesa, segurança internacional e metodologia. É editor e avaliador da Revista Eletronica da Estácio Recife. 

Referências

AZAMBUJA, M. C. (23 de 06 de 1995). As Nações Unidas e o conceito de segurança coletiva. Fonte: Scielo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000300011

BOOBIO, N. (1986). Dicionário de Política (Vol. 2. ed.). Brasília, DF, Brasil: UNB.

BOOTH, K. Security and Emancipation. Review of International Studies, v. 17, n. 4, 1991.

BURCHILL, S., & LINKLATER, A. (2001). Theories Of International Relations. New York, NY, USA: Palgrave Macmillan.

BUZAN, B.; HANSEN, L. A Evolução dos Estudos de Segurança Internacional. São Paulo: UNESP, 2012.

CHOMSKY, N. (08 de Jan. de 2014). O que é o bem comum? Acesso em Mai. de 2019, disponível em UOL Notícias: https://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/noam-chomsky/2014/01/08/o-que-e-o-bem-comum.htm

CINTRA, M. A., SCHUTTE, G. R., & VIANA, A. R. (2010). Globalização para todos: taxação solidária sobre os fluxos financeiros internacionais. Brasília: Ipea.

DE OLIVEIRA, Ariana Bazzano. "A Guerra Terceirizada: As Empresas Privadas de Segurança e a “Guerra ao Terror”." Carta Internacional 5.1 (2016): 64-77

FARIAS, R. d. (Jul. de 2004). Resenha: A política entre as nações: a luta pela guerra e pela paz. Acesso em 10 de Jun. de 2019, disponível em SCIELO: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292004000200010

FILHO, J. M. (Set./Dez. de 1995). Globalização, interesse público e direito internacional. Acesso em Mai. de 2019, disponível em Scielo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000300006

GASPAR, C. (Set de 2013). Relações Internacionais no.39 Lisboa set. 2013. Acesso em 10 de Jun de 2019, disponível em SCIELO: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992013000300001

HERZ, Mônica; HOFFMANN, Andréa Ribeiro (2004). Organizações Internacionais: História e Práticas. Rio de Janeiro: Elsevier.

KANT, Immanuel. À paz perpétua. Porto Alegre: L&PM, 1989.

KAUL, I. (s.d.). Global Public Goods and responsible sovereignty . The Broker, n. 20, 2010. Special Report.

KAUL, I., GRUNBERG, I., & STERN, M. A. (1999). Global Public Goods - International Cooperation in the 21st Century (Vol. Defining Global Public Goods). Oxford, UK: Oxford University Press.

LOPES, D. B., & CASARÕES, G. S. (Janeiro de 2009). ONU e segurança coletiva no século XXI. tensões entre autoridade política e exercício efetivo da coerção. Fonte: Scielo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292009000100001

MELLO, C. D. (2002). Curso de direito internacional público. Rio de Janeiro: Renovar.

MORGENTHAU, Hans – Politics among Nations: The Struggle for Power and Peace. Nova York: Alfred A. Knopf, 1948

PEREIRA, Sandra. Segurança e Defesa Européia : Qual a articulação entre as Organizações Internacionais no Pós Guerra-Fria?, Centro de Investigação e Análise em Relações Internacionais Online Working Paper, 2005

PETRELLA, R. (1996). Globalization and internationalization: the dynamics of the emerging world order. Londres: Routledge.

SAMUELSON, P. A. (1954). The pure theory of public expenditure. Review of Economics and Statistics, v. 36, n. 4, pp. p. 387-389, nov. 1954.

SANTOS, T. R. (2005). A Legalidade da Guerra do Iraque perante o Direito Internacional. Acesso em Mai. de 2019, disponível em PUC RIO: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10155/10155.PDF

SCAHILL, J. (2008). Blackwater: The Rise of the World's Most Powerful Mercenary Army. New York: Nation Books.

SINGER, P. W. (2008). Corporate Warrios: The Rise of the Privatized Military Industry. Ithaca: Cornnel University Press.

STROMBERG, R. N. (Abr. de 1956). The idea of collective security. Journal of History of Ideas, v. 17, Issue 2, pp. p. 250-263.

TANNO, G. A Contribuição da Escola de Copenhague aos Estudos de Segurança Internacional. Contexto Internacional, v. 25, n. 1, p. 47-80, 2003.

UNIDAS, O. d. (26 de Jun. de 1945). Carta das Nações Unidas. (O. d. Unidas, Produtor) Acesso em Mai. de 2019, disponível em Nações Unidas Brasil: https://nacoesunidas.org/carta/

WALT, S. (Jun. de 1991). The renaissance of security studies. International Studies Quartely, 35, pp. 211-239.

WALTZ, Kenneth – Theory of International Politics. Nova York: McGraw-Hill, 1979.

Downloads

Publicado

2019-09-04

Como Citar

Moura, A. F. de L., & Souza, D. R. O. de. (2019). SEGURANÇA INTERNACIONAL COMO UM BEM PÚBLICO GLOBAL: ATUAÇÃO DA BLACKWATER NA INVASÃO DO IRAQUE. Revista Eletrônica Da Estácio Recife, 5(1). Recuperado de https://reer.emnuvens.com.br/reer/article/view/239