PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS DO USO DE CORTICOIDES EM CRIANÇAS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Abstract

O uso de medicamentos em crianças deve ser feito com bastante cautela, visto que os representantes dessa faixa etária apresentam peculiaridades quanto ao seu metabolismo. Os corticoides são medicamentos anti-inflamatórios que são empregados no tratamento de algumas enfermidades que acometem pacientes pediátricos, no entanto, devem ser utilizados de forma criteriosa devido aos seus efeitos adversos já bem descritos e conhecidos na prática clínica. Com vista nisso, o presente trabalho tem como objetivo relatar os principais efeitos adversos decorrentes da utilização de corticoides em crianças, uma vez que há poucos estudos científicos referentes a essa temática. Para isso foi realizada uma revisão da literatura, utilizando os seguintes bancos de dados: LILACS, PubMed e Scielo, no período de 2018 a 2023. Os descritores utilizados na busca foram: “Corticosteroide” AND “Efeitos Adversos” AND ‘Infância” AND “Doenças Inflamatórias em Crianças”no idioma português. O uso de corticoides em crianças, embora muitas vezes necessário para o tratamento de diversas condições médicas, pode estar associado a uma série de efeitos colaterais significativos. Entre os principais estão a supressão do sistema imunológico, aumentando a vulnerabilidade a infecções, e o potencial impacto no crescimento normal da criança, manifestado por um retardo no crescimento. Além disso, o ganho de peso, as alterações no metabolismo com aumento dos níveis de glicose, e o risco de desenvolvimento de diabetes são preocupações importantes. A saúde óssea também é afetada, com o uso prolongado de corticoides podendo resultar em osteoporose. Distúrbios gastrointestinais, problemas psicológicos, alterações na pele e riscos oculares, como cataratas e glaucoma, também estão entre os efeitos colaterais observados. Em vista dessas considerações, é fundamental que o uso de corticoides em crianças seja criteriosamente supervisionado por profissionais de saúde, visando equilibrar os benefícios terapêuticos com a minimização dos potenciais riscos à saúde infantil.