PATAS QUE CUIDAM: REPERCUSSÕES DA TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NOS CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL

Abstract

A partir do século XIX, o contexto social foi perpassado por transformações no campo da saúde mental, reverberando em reformas cujo objetivo era conceber mudanças no tratamento de pessoas com transtornos mentais. Houve, também, evolução na relação homem-animal, na qual os bichos passaram a ocupar uma função simbólica na vida humana e a estabelecer uma relação de cumplicidade. Em 1950, a Dr.ª Nise da Silveira implementou, no Centro Psiquiátrico Pedro II, a participação de animais como coterapeutas de pacientes, o que posteriormente seria denominado de Terapia Assistida por Animais (TAA), caracterizada por utilizar animais no processo terapêutico de humanos. Assim, este estudo buscou compreender as repercussões da TAA nos cuidados em saúde mental, bem como a contribuição de Nise no percurso da saúde mental e da TAA no Brasil, buscando refletir sobre a atuação do animal e da/o psicóloga/o nesta prática clínica. Considerou-se que a interação da/o paciente com o animal pode ser benéfica como recurso terapêutico para este público. Do ponto de vista metodológico, esta pesquisa foi embasada na abordagem qualitativa de cunho bibliográfico. A TAA fornece suporte para a/o paciente, constituindo-se como um recurso terapêutico complementar, com resultados relevantes nos aspectos físicos, cognitivos e sociais. Assim, constata-se que é promissor o apoio dos animais com finalidades terapêuticas junto ao ser humano