BIOFILMES MICROBIANOS EM DISPOSITIVOS MÉDICOS UM DESAFIO NO CONTROLE DAS INFECÇÕES

Abstract

Os biofilmes microbianos representam um desafio significativo no controle de infecções associadas a dispositivos médicos. Estes biofilmes são comunidades de microrganismos aderidos a superfícies, como cateteres, próteses e implantes, protegidos por uma matriz extracelular que confere alta resistência a tratamentos convencionais. A formação de biofilmes aumenta a resistência dos microrganismos aos antibióticos e ao sistema imunológico, dificultando o tratamento de infecções e prolongando o tempo de recuperação dos pacientes. A capacidade das bactérias de formar biofilmes é favorecida por fatores como a adesão inicial a superfícies, a troca de sinais químicos entre as células e a proteção proporcionada pela matriz, que dificulta a penetração de substâncias antimicrobianas. Em dispositivos médicos, os biofilmes podem levar a infecções crônicas e complicações sérias, muitas vezes exigindo intervenções como a remoção cirúrgica do dispositivo infectado. Estratégias para prevenir e controlar a formação de biofilmes incluem o uso de materiais antimicrobianos, como revestimentos que liberam substâncias bactericidas de forma controlada e inibem a adesão inicial dos microrganismos à superfície, dificultando a formação do biofilme, e melhorias nas técnicas de esterilização e limpeza dos dispositivos. Além disso, o desenvolvimento de agentes disruptores de biofilmes, como enzimas e nanotecnologia, tem se mostrado promissor para desestabilizar a estrutura do biofilme e aumentar a eficácia dos tratamentos antimicrobianos. Superar os desafios impostos pelos biofilmes em dispositivos médicos exige avanços contínuos na pesquisa e novas abordagens terapêuticas, visando reduzir o impacto das infecções e melhorar os resultados clínicos.